QUEM SOMOS

Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Alunos, Professores e Profissionais do Peja do Ciep Rubens Gomes - Costa Barros.

Visão Panorâmica do Rubens

Visão Panorâmica do Rubens
Nosso Ciep visto de cima.

Nossa Escola

Nossa Escola
Construindo o Amanhã, com os Sonhos de Hoje e a Luz de Sempre...

O Peja do Rubens no Palácio da Cidade

O Peja do Rubens no Palácio da Cidade
Os Professores Izidro e Válter com a Coordenadora da 6ª CRE, Rejane Faria, e a Secretária de Educação do Município do Rio de Janeiro, Claudia Costin, no 1º Seminário Internacional de Educação Matemática (23/10/2011)

Busca e pesquisa na internet

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Tentando Retornar...

Estamos aqui de volta; ou pelo menos tentando.

Nossa Comunidade é muito complicada; na verdade, muito violenta, o que nos faz ter anos letivos instáveis, e nem sempre nosso trabalho tem regularidade. Vamos tentar manter o blog atualizado sobre o que estamos fazendo em sala de aula.

Estamos postando fotos de algumas aulas interativas, interdisciplinar e utilizando multimídia, ministradas para o Peja II (envolvendo as matérias de Português, Karina, Matemática, Izidro, História/Geografia, Valter, e Ciências, Shirley) no final do ano passado (2012).

Um abraço,

Valter Mattos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

2012: Começamos o ano e temos novidades...

Amigos, passamos recentemente, no final do ano passado, por um processo eleitoral para as direções das escolas do município do Rio de Janeiro, e na nossa escola a chapa encabeçada pelo professor Hugo foi a vitoriosa. Desejamos ao professor que a sua vitória traduza-se em vitórias para o Rubens Gomes, que tem, exatamente, um histórico de muitas vitórias. Nestas, inclusive, gostaríamos destacar a gestão da professora Rejane Faria, que abiu a escola para comunidade, em um belo trabalho de integração; desejamos que a nova gestão consiga fazer o mesmo.
No que diz respeito a outra chapa, formada pelas professoras Marilza e Claudia, ambas também com uma passagem muito linda pela escola (e a professora Claudia com uma bela direção no nosso PEJA), não podemos dizer que foi derrotada, pois as professoras foram indicadas pela 6ª CRE para dirigir uma outra escola da rede, e temos certeza que construirão uma História de sucesso .
Infelizmente nem tudo são flores. Nossa querida coordenadora, Karina, teve que permitir que sua mamãe fosse atender a um chamado do Papai do Céu... Karina, força!...
Bem... Começamos o ano, e por isso já estamos propondo a análise de um novo texto.
Um abraço a todos.

sábado, 22 de outubro de 2011

Cultura Popular versus Cultura Erudita


Vamos fazer uma enquete?

Um pensador italiano muito importante que esteve sempre preocupado com os mais pobres, e já falecido, Antonio Gramsci, dissera certa vez em um de seus livros:

"(...) não existe trabalho puramente físico... em qualquer trabalho físico, mesmo no mais mecânico e degradado, existe um mínimo de qualificação técnica, isto é, um mínimo de atividade intelectual criadora... Por isso, seria possível dizer que todos os homens são intelectuais, mas nem todos os homens têm na sociedade a função de intelectuais..." (Antônio Gramsci, "Cadernos do Cárcere", vol. 2, p. 18).

O que você entende ou acha desta argumentação acima? O que você acha, por exemplo, da diferença do trabalho manual para o trabalho intelectual? Ou ainda, o que você acha das diferenças de gosto, costumes e coisas que falam os mais ricos, os mais estudados e os diferentes tipos de trabalhadores?

Fique à vontade; fale o que pensa.

domingo, 16 de outubro de 2011

Heróis Existem?

(Texto de reflexão sobre Steve Jobs, por Válter Mattos)

Se existem indivíduos raros que, pela coragem (desprezando sérios riscos pessoais, por exemplo), lideram, incontestavelmente, processos difíceis na busca de soluções para eventos que muitos já davam como perdidos, e, se por ventura, estes eventos se confirmando, gerariam graves danos a uma grande maioria de pessoas, estes indivíduos poderiam, sim, serem classificados como heróis. Que não é o caso de Steve Jobs (1955-2011).

Uma das definições que o “Aurélio” dá para “mito” é: “(...) Representação de fatos ou personagens reais, exagerada pela imaginação popular, pela tradição, etc.”. Pela minha experiência, enquanto intelectual das Ciências Humanas, afirmo que muita das vezes a existência de mitos contribuem para uma distorção da realidade. Jobs, morto por um câncer recentemente, está se transformando em um mito; alguém que, pela sua pertinente fama de tecnólogo, está tendo sua figura pública potencializada para além da capacidade de criar novos mecanismos midiáticos. Isso não basta para que o fundador da Apple (junto a outras pessoas) seja transformado em uma espécie de guru-herói da nova geração.

Imaginemos que os nossos jovens, a partir de então, passem a ultrapassar os limites de velocidade nas estradas e, para não serem multados, arranquem as placas de seus carros; a estacionar nas vagas destinadas aos cadeirantes; e a humilhar, aos berros, os funcionários nos corredores de suas empresas. Este era Steve Jobs, o zen-budista. Mas, por incrível que pareça, isso não é nada diante do que sua empresa, com seu consentimento, fez e continua fazendo na China. Como boa parte das indústrias de hardware do Ocidente capitalista, a Apple instalou unidades de produção em países da Ásia, buscando mão-de-obra bem mais barata, ou seja, como todo bom capitalista, não se incomodou com o fato do nível de exploração sobre os trabalhadores ser grande naquela região, desde que a taxa de lucro também o fosse. A Apple chinesa tem o maior índice de suicídio da região, dado pelo alto nível de stress provocado pelo intenso processo produtivo.

Em um mundo caminhando para uma crise econômica aguda, onde as consciências começam a perceber que as megaempresas (bancos, indústrias, etc.) têm uma parcela significativamente grande nesta crise e, portanto, no sofrimento dos mais pobres, vêm algumas pessoas em público e tentam transforma Steve Jobs naquilo que ele não é: uma referência positiva para as novas gerações. Existe um historiador inglês, muito conceituado, Eric Hobsbawm, que nos ensina que os mitos precisam ser destruídos quando estão nascendo. É o que defendo. Neste caso específico, precisamos desmitificar a “canonização” de Steve Jobs, um homem que, quando vivo, tinha um caráter duvidoso. E, enquanto empresário, era inescrupulosamente ganancioso e ávido por lucros, mesmo que isso representasse a vida de alguns trabalhadores; portanto, mesmo que tenha idealizado o iPad, não podemos isentá-lo desta gravíssima culpa social.

domingo, 25 de setembro de 2011

Minha História no Rubens

Fui surpreendida com o pedido do professor de História do CIEP Rubens Gomes e meu marido, Válter Mattos, para escrever como Coordenadora da E/Sube/6ª CRE sobre o mesmo CIEP. Propositalmente vem a memória o ano de 1990. Grávida, quase parindo, chegando lá em Costa Barros, exatamente com ele, Professor Válter, em minha companhia, pois mal conseguia andar devido ao peso de minha barriga. Para ser mais precisa, era maio de 1990, nascia meu filho João e iniciava ali uma história de amor com Costa Barros e o CIEP Rubens Gomes.
Ao voltar da licença maternidade, ao final daquele ano, fiquei ajudando na secretaria da escola e no ano seguinte fui convidada pela Direção a ser professora da sala de leitura e a partir deste encontro com a Comunidade escolar meu amor e compromisso ia crescendo e a Comunidade também gradativamente se modificava.
Dou um grande salto no tempo e vem o ano de 1995, nasce Maria, entro de licença maternidade e a violência de em Costa Barros cresce cada vez mais.
Retorno, e meu compromisso se intensifica como diretora adjunta responsável pelo pedagógico da Escola; percebo minha paixão e crença no fazer coletivo e na convicção de que a escola poderia ser melhor - pois os sinais de afastamento com a realidade local começavam a ser sentidos, com invasões e depredações. Este meu pensar, e acreditar, incomodava e tive que me afastar.
Muitas depredações e furtos... Comunidade e Escola em conflito - uma não se via parte da outra; e eu sabia que poderia ser diferente. Lancei-me candidata à direção geral em 1998; eleita, assumi no ano seguinte (acredito que muitos conheçam esta trajetória).
Quis fazer esta retrospectiva, pois, por diversas vezes, nas muitas ausências de mãe e esposa, fui cobrada (devidamente, é claro) por tanta dedicação, e hoje estamos aqui, eu (Rejane) e você (Válter), no mesmo espaço de trabalho e mais uma vez juntos.
Poderia falar de tantos projetos que neste CIEP criei, desenvolvi e que certamente me ajudaram a sustentar o convite para o cargo que hoje ocupo como Coordenadora da 6ª CRE. "Amigos da Escola" (voluntariado); "Clube de mães"; "Seu pai, sou aluno"; "Estreitando laços", "Ong Travellers Word" etc.
Poderia ainda falar de tantos amigos, alunos, funcionários e professores; de alegrias, vitórias, sucessos e também festejos; entretanto, o que me veio a mente foi o fato de hoje você ser o professor que deseja a História desta escola que é parte encrustada em mim da forma mais funda e preciosa; ali construí e aprendi ser possível.
Professor Válter Mattos, espero de verdade que você e seus alunos tenham sucesso com este blog e que nele possamos ver e mostrar toda a beleza que guardo eterno e apaixonadamente em mim.

Rejane Faria.

Uma rápida descrição histórica do nosso Ciep

Breve Histórico

O CIEP 06.25.204, Rubens Gomes, foi criado sob o decreto que está notificado no Diário Oficial nº 20, do dia 02 de fevereiro de 1987, tendo suas atividades iniciadas em 21 de setembro de 1988, a partir da mobilização da Equipe da Comunidade (após uma invasão de suas dependências por desabrigados). Foi o terceiro CIEP a funcionar no antigo E/9° DEC.
Cabe conhecermos também um pouco da biografia do Patrono do nosso CIEP. Rubens Gomes nasceu em 04 de outubro de 1917. Pertenceu à Comunidade de Camboatá, onde residiu durante muitos anos. Nesta comunidade, Rubens Gomes desempenhou papel de total relevância, trabalahando gratuitamente como manobreiro da Elevatória de Sistema de Abastecimento de Água do Conjunto Habitacional Dr. Horário da Costa, composto de 497 residências.
Por tantos serviços prestados à Comunidade e ao Centro Comunitário de Camboatá, é que a Diretoria desta Entidade Escolar solicitou ao então prefeito Saturnino Braga, em uma assembléia extraordinária realizada em 24 de julho de 1988, que desse ao CIEP o nome de Rubens Gomes.

TEXTO PARA REFLEXÃO

NEGRA É A SUA CONSCIÊNCIA

O homem é um animal racional. Esta é uma das características mais importante que nos distingue dos outros seres vivos, animais e vegetais. Contudo, existem outras igualmente muito importantes. O homem é diferente dos outros animais não só porque sabe pensar; mas, sobretudo, porque tem perfeita noção desta capacidade. Chamamos isso de Consciência, ou seja, temos conhecimento de que existimos; não somente pensamos sobre as coisas, como também paramos para pensar sobre a nossa própria existência. O Dicionário Aurélio afirma, entre outras coisas, que Consciência é “o atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade” (1993, p. 140).

Estamos no Brasil, no ano de 2011, e qual é a nossa Realidade? Um país que tem 511 anos (resumidamente, pensando-se a partir da chegada dos europeus), dos quais, 322 foram de dominação colonial portuguesa, já que, em primeiro lugar, o episódio que ficou conhecido como “Descobrimento” data de 1500, e, em segundo, a “Independência”, em relação à metrópole européia, veio no famoso 07 de Setembro de 1822. Os portugueses, e seus interesses mercantis, aqui chegaram com a intenção de explorar as potencialidades destes trópicos – e assim o fizeram. Depois das Grandes Navegações pelo Atlântico, “descobriram”, conquistaram e colonizaram, isto é, tiraram proveito econômico daquilo que tinham “descoberto” e conquistado. Para que este objetivo fosse minimamente rentoso, era necessário baixar os custos do empreendimento, e uma maneira era economizar com o preço da mão-de-obra, submetendo ao trabalho compulsório (forçado e não remunerado) o máximo de trabalhadores que pudessem encontrar; primeiro foi o nativo, o índio, que era chamado pelos lusitanos de “negro da terra”; depois o negro trazido da África, denominado nos primeiros anos de colonização de “o negro da guiné”, que com o passar do tempo predominou enquanto contingente escravizado.

Esta é uma das partes mais importantes da realidade brasileira: a riqueza extraída de nossa natureza foi multiplicada pela mão-de-obra escrava, com o suor do cativo. E não estamos falando somente do período colonial; o Brasil ficou livre de Portugal sem que os escravos fossem libertos do cativeiro. No Império, a escravidão perdurou até 1888; portanto, dos 511 anos da História do Brasil registrada em língua portuguesa, pelo menos 445 foram de escravidão (aproximadamente 87%), onde a escravidão negra africana, e afro-descendente, predominou. Ora, está mais do que evidente que aqueles que vieram do continente africano, e seus descendentes, foram e são os principais responsáveis pela construção deste país. Somos o que somos hoje, no presente, pelo que fizemos ontem, no passado. Um pensador alemão, acerca da Consciência, um dia disse em um dos seus livros: “Não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência.” (Karl Marx, A Ideologia Alemã, p. 9).

A vida da sociedade brasileira foi, em sua essência histórica, econômica e produtiva, determinada por 445 anos de escravidão negra. Esta é a identidade sócio-econômica da maioria dos brasileiros – nossa realidade. A Consciência desta grande nação que se encontra do lado de baixo do Equador, foi definida por esta realidade de exploração sobre os elementos de origem negra africana; mas existem distorções a serem eliminadas. Quando não elaboramos um juízo sobre nossa realidade social e histórica dentro destes pressupostos (a base negra na qual se assenta a identidade sócio-econômica brasileira), estamos encobrindo o entendimento de nossa verdadeira essência com o “véu” da falta de Consciência, e por isso distorcendo, e mesmo negando, a nossa existência enquanto povo.

O Índio, o Português e o Negro. Sabemos: a nação brasileira é composta, minimamente, por estas três etnias. (Utilizaremos o termo “etnia” em vez de “raça”. Resumidamente, uma “etnia” é um grupo sócio-cultural que vive há séculos em um mesmo lugar. Quanto à concepção de “raça”, a ciência geneticista provou não haver “raças” entre os seres humanos, somente a “raça humana”). A mistura dessas três etnias deu origem ao brasileiro. Cada um desses elementos concedeu sua valiosa contribuição para a definição do que é o nosso povo, que tem uma cultura alegre, espontânea, festiva, musical, dançante e muito vibrante. Percebemos traços dos três elementos presentes na nossa cultura em geral; na culinária, no vocabulário, nos hábitos cotidianos etc.; todavia, pelo o que foi exposto mais acima, não só não podemos desconsiderar os negros em nossa formação social, como temos a obrigação de lhe conferir a real importância nesta formação, dada a sua participação impar na construção econômica brasileira – além, á claro, da cultural.

Você que é negro ou descendente, precisa ter orgulho da história do seu povo (que também é a sua), pois ele ajudou, com suor e lágrimas, a erguer este país. Esta é a Consciência Negra no Brasil: não só conhecer a importância dos negros na formação da sociedade brasileira, bem como sentir muito orgulho de ser negro. Angola, Congo, Benguela, Monjolo, Capinda, Nina, Quiloa e Rebolo, povos que, arrancados aos milhões da Mãe África, atravessaram o Atlântico em insalubres e escuros porões de navios negreiros, para aqui (aqueles que chegaram vivos) trabalhar muito, fizesse sol, fizesse chuva, e deste trabalho não ganhar nada, a não ser chibatadas. Tanto sofrimento para hoje alguém afirmar que o negro é inferior. Como pode ser inferior um povo que, apesar da exploração, da violência e das péssimas condições a que era submetido, ter conseguido, durante tantos séculos, carregar em seus ombros o peso da construção deste país e ainda hoje ser um povo vibrante e alegre?

O pior de tudo é quando, aqui no Brasil, esta equivocada afirmação vem de um afro-descendente; ou seja, de alguém que descenda dos primeiros negros africanos que, no passado, aqui chegaram para trabalhar como escravos. É a falta de Consciência, ou seja, não conhecer a história da formação de sua identidade enquanto brasileiro. Existem algumas razões: há aqueles que não têm noção desta importância, por desconhecimento da História; já alguns sentem vergonha de serem negros, tamanho é o preconceito que sofrem, e por isso acabam assimilando o tratamento pejorativo que recebem; e outros não querem ou não sabem que são negros. Existem muitas explicações para a origem da palavra “mulato”, algumas delas muito negativas (tem uma que diz que vem de “mula”); portanto, se em suas veias corre sangue africano, você pode optar por dizer: eu sou Negro! E não “mulato”, “marronzinho”, “moreninho” etc.; você é Negro! E não existe razão para se envergonhar; muito pelo contrário.

O preconceito é quando alguém acha que entende sobre “alguma coisa” sem na verdade entender; é um falso entendimento; é um conhecimento prévio e sem o necessário estudo das verdadeiras causas da existência de tal “coisa” que se pretende conhecer. Poderíamos dizer que é o contrário da Consciência. Quando esta ideia errônea sobre um indivíduo ou grupo fica só no pensamento da pessoa, é preconceito; porém, quando se age em função deste equívoco de análise é discriminação. E quando esta discriminação é sobre uma etnia, chamamos de “racismo” (um erro duplo; primeiramente porque é um preconceito, um conceito falso; e, em segundo lugar, como já foi dito, não existem “raças” entre os seres humanos, logo, não existe uma “raça” superior ou inferior em termos de humanidade). Assim sendo, não existe razão alguma para alguém se sentir inferior por ser negro (inclusive aqueles que se acham “mulatos” ou as variações deste termo).

O racismo no Brasil de hoje, ou seja, o preconceito ou discriminação contra as populações negras ou afro-descendentes no nosso país atualmente, por uma questão histórica, acaba atingindo as pessoas mais pobres. Neste caso, fazer justiça social no Brasil também é lutar contra este tipo de descriminação. Entretanto, a despeito de ser uma responsabilidade de todos, independente da cor da pele ou da classe social, o protagonista desta ação tão importante para a sociedade brasileira tem que ser o próprio negro (e ampliando esta concepção para aqueles que, em suas veias, corre majoritariamente “sangue de origem negra”). Para isso, é preciso ter a Consciência – que muitos já têm – de que ser negro não é ruim. Ser negro é bom; assim como ser branco; índio; etc. Somos humanos; e não se trata, simplesmente, de reinventarmos o racismo em um “racismo às avessas” – não é uma questão de se pregar uma espécie de ódio da revanche. Com a Consciência Negra, queremos a igualdade de condições e a paz para todos os brasileiros, pois debaixo da pele branca, negra, marrom ou morena encontramos, em todos, o vermelho do sangue.

Nobre função: lutar contra as desigualdades sócio-econômicas e contra o racismo, lutas que se confundem. Mas precisamos, antes, como estratégia, eliminar certas ideias preconceituosas (algumas disfarçadas), como as que dizem, por exemplo, “este negro tem alma branca”. Que loucura: para o negro ser bom ele tem que ter alma de branco; nada a ver. Negro tem que ter alma Negra; esqueçamos de hierarquizar a cor que carregamos em nossas peles como um hábito para dizer que o Negro é inferior, pois como diz dona Ivone Lara:

"Um sorriso negro, um abraço negro / Traz felicidade / Negro sem emprego, fica sem sossego / Negro é a raiz da liberdade / Negro é uma cor de respeito / Negro é inspiração / Negro é silêncio, é luto / Negro é a solução / Negro que já foi escravo / Negro é a voz da verdade / Negro é destino é amor / Negro também é saudade."

Se ser Negro é tudo isso, eu posso afirmar sem medo de errar: Negra é a Consciência de todos os Negros que tem plena Consciência da importância do papel do Negro na História da Sociedade Brasileira.

Válter Mattos da Costa, Professor de História.

Rio de Janeiro, 20 de Abril de 2011

REVITALIZANDO O BLOG

Saudações, Meus Grandes Amigos. Nosso Blog esteve nesses meses um pouco parado, e com ele o projeto que lhe inspirou a existência ("A Cidade do Rio de Janeiro, uma outra Geo-História não contada: Costa Barros, Barros Filho, Grande Acari e adjacências"). Em verdade, um dos principais motivos de sua inatividade foi exatamente o fato do projeto também estar parado. Nossa comunidade é um pouco "complicada" no que diz respeita à segurança pública, e por isso alguns alunos não completam o curso, gerando uma grande rotatividade entre nossos discentes. Tal característica tem dificultado a plena realização do que foi programado; contudo, resolvemos nos imbuir de desejo e esforço para superar nossos problemas e limitações, não só para concluirmos o importantíssimo projeto, como, igualmente, mantar atualizado este blog; estaremos constantemente dando as informações pertinentes à comunidade escolar e a todos que se interessam por questões ligadas à educação e cultura.

domingo, 28 de junho de 2009

Justificativa do Blog: a Todos!...

Temos consciência que um blog destina-se a servir, via de regra, aos interesses intelectuais e de comunicação em geral, na net, a um indivíduo. Mas este é diferente, é coletivo!

Este Blog, organizados pelos alunos e professores do Peja do Ciep Rubens Gomes, em Costa Barros, Rio de Janeiro, destina-se aos mais variados debates educacionais e sócio-culturais que envolvam o universo, primeiramente, de nossos alunos (sala de aula, conteúdos, perspectivas profissionais, etc.), bem como de outros públicos interessados em tais temas.
Nossos alunos, oriundos de classes populares, pertencem a um contingente de adolescentes e adultos (das mais variadas faixas etárias) que se encontra em um ambiente social muito desfavorecido, em termos econômicos e urbanos. São, em sua maioria, trabalhadores, e precisam estudar em nosso Peja, pois as aulas são à noite; o que é um grande sacrifício.
A principal finalidade deste Blog, portanto, será a troca de experiências e ideias com um público maior, e, a partir destas trocas, criar soluções para as muitas dificuldades do ensino noturno para jovens e adultos em áreas carentes.
Os debates, ainda que abrangente, precisam dar conta de, no mínimo, duas coisas, formação intelectual e preparação para o mercado de trabalho. Por isso, estarão no cerne dos debates temas como: VIOLÊNCIA – TRABALHO – EDUCAÇÃO – CULTURA – ARTE – POLÍTICA – SOCIEDADE – HISTÓRIA – GEOGRAFIA – LÍNGUA PORTUGUESA – CIÊNCIAS – MATEMÁTICA.

Amigos, participem!

Um Grande e Fraternal Abraço,

Professor Válter Mattos.

O Título de Nosso Blog

Queridos alunos do Peja do Ciep Rubens Gomes, estamos inaugurando nosso Blog, para que possamos trocar ideias sobre o nosso curso, etc. É uma nova etapa nas nossas relações de ensino/aprendizagem (muitas novidades estão a caminho). Mas precisamos, antes de qualquer coisa, escolher, democraticamente o nome oficial deste blog. Começamos a eleição do nome agora.
1º Passo: todos têm o direito de propor nomes.
2º Passo: os professores e os 8 representantes de cada uma das 4 turmas (escolheremos 2 representantes por turma) indicarão alguns nomes para serem votados por todos.
3º Passo: a votação.
Um abraço,
Professor Válter Mattos.

Karina na Alerj

Karina na Alerj
Nossa Professora de Português do Peja II, Karina (e também Coordenadora), na Alerj com seus alunos do turno da tarde.

Trabalho de Português - Professora Karina

Trabalho de Português - Professora Karina
História em quadrinhos de nossos alunos

Trabalho de Português - Professora Karina

Trabalho de Português - Professora Karina
História em quadrinhos de nossos alunos

Trabalho de Português - Professora Karina

Trabalho de Português - Professora Karina
História em quadrinho de nossos alunos

Trabalho de Português - Professora Karina

Trabalho de Português - Professora Karina
História em quadrinhos de nossos alunos

Trabalho de Português - Professora Karina

Trabalho de Português - Professora Karina
História em quadrinhos de nossos alunos

Trabalho de Português - Professora Karina

Trabalho de Português - Professora Karina
História em quadrinho de nossos alunos

Trabalho de Português - Professora Karina

Trabalho de Português - Professora Karina
História em quadrinhos feito por nossos alunos

Uma História

Uma História
Nosso Ciep sempre foi um lugar prazeroso para se socializar. Foto do Rubens Gomes quando ainda era um campo de futebol da comunidade.

Participantes